Tecnologia transforma a advocacia em tempos de pandemia de COVID-19

A internet conquistou um lugar na vida das pessoas tão importante e essencial que, hoje em dia, é quase impossível pensar uma vida sem ela.  Essa necessidade se tornou ainda mais essencial com a pandemia do COVID-19, em que serviços realizados pessoalmente foram transferidos para o ambiente online. Telemedicina, delivery e e-commerce são alguns dos serviços feitos via web que bombaram neste cenário imprevisível de 2020.

Para a advocacia, as transformações foram intensas, principalmente a comunicação interpessoal e a solução de problemas. Foram mudanças positivas, vale ressaltar, e o protagonismo dos clientes na resolução de conflitos jurídicos, com mais tolerância e empatia, foram pontos favoráveis.

Essa mudança comportamental e de ferramenta impulsionou a solução jurídica por meio de acordos, ou seja, mediação. Essas boas práticas em ambiente virtual para composição amigável são oferecidas por entidades de advogados como a AASP (Associação dos Advogados de São Paulo),  que o CAV advogados é associado.

Pela aplicativos de vídeo, eles oferecem mediadores com treinamento para discutir as várias possibilidades de solução do conflito e o que pode ocorrer se o caso for parar na Justiça.

Segundo o presidente da AASP, Renato Cury, o modelo profissional em que o advogado apresenta aos clientes somente a via do Judiciário está ultrapassado.

“A advocacia está se transformando. Aquele advogado que não tiver no seu portfólio a possibilidade de oferecer ao seu cliente todos os caminhos possíveis para a solução do conflito vai ser um advogado ultrapassado”, diz Cury.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Bruno Takahashi, juiz federal e coordenador da central de conciliação da Justiça Federal em São Paulo, afirma que a sociedade brasileira só têm a ganhar  quando disputas e imbróglios chegam em um consenso sem precisar do litígio.

Quando alguém bate no seu carro e você consegue ir lá e resolver o problema de quem vai pagar, quem não vai pagar ou quem vai acionar o seguro, a gente não precisa de nenhum envolvido [externo]. O conflito foi bem trabalhado pelas próprias pessoas que conhecem melhor o conflito que estão vivendo.”

Confira a matéria da Folha de S. Paulo na íntegra no site da AASP:https://bit.ly/2HwOuf4